REVIEW: BOHEMIAN RAPSODY

Apesar do “zumzum” negativo em torno de “Bohemian Rapsody” a vontade de ver o filme manteve-se de pedra e cal e não houve arrependimentos.

Para mim, Rami Malek desempenhou o papel do icónico Freddy Mercury na perfeição. No início tive dúvidas porque achava que um e outro não tinham nada a ver, mas surpreendeu-me completamente. Rami ganhou muito com a imitação de gestos físicos e os outros membros da banda também são muito semelhantes.

Um dos pontos altos do filme é o concerto do Live Aid e está praticamente tudo igual ao da realidade.

rami malek

O filme, embora seja em parte biográfico, tem alguma comédia, mas também tem muita emoção. Pormenores pessoais como Freddy Mercury sentir-se sozinho, festas que ele próprio organizava para não estar só e até as discussões entre a banda.

Concordei também com a questão de mostrarem discretamente o facto de ele ser bissexual ou homossexual, mostram mas não exageram. Percebo que quem conhece a história da banda de forma mais aprofundada possa criticar alguma coisa, mas para quem tinha apenas um conhecimento geral e básico como eu, de que Mercury era gay e que morreu com Sida, o enredo permitiu-me descobrir muito mais acerca da sua pessoa.

Mostram a criação de algumas músicas épicas, o que foi bastante curioso, e estar num ambiente de cinema a viver um ambiente de concerto foi muito bom.

Em relação a alguns erros cronológicos… Sei que quando mostraram o Freddie a dizer à banda que tinha Sida antes do grande concerto do Live Aid, não é verdade. Mas compreendo que o realizador quisesse tornar o final do filme mais impactante, e essa era uma maneira de o fazer.

Fábio Ferro
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